Ontem foi um dia de lavagem cerebral! (III)

O pior de tudo foi a reportagem especial da SIC com a história do moçambicano que foi mascote dos fuzileiros durante a Guerra no Ultramar. Só lhe faltava ser ceguinho, porque de resto tinha de tudo: desde o rapto dos braços da mãe à mão de criminosos militares portugueses até à entrega do seu cartão de cidadão houve de tudo. Lagriminhas também! O problema é o tipo ser um calão e um hipócrita pois tomaram conta dele em Portugal, puseram-no a estudar numa das melhores escolas do país da altura e não aguentou lá muito. Arranjaram-lhe trabalho e também não aguentou!! Claro coitadinho, acabou a viver na rua e sem documentos, etc, etc. Mas o gajo é esperto! Vejam lá se ele queria documentos moçambicanos! Nada disso, porque lá quem não trabalha não come (e fazem eles muito bem). Queria documentos portugueses! Apesar de ter a sua família em Moçambique (da qual estava cheiinho de saudades), não quis lá ficar (pudera!) porque viu que tinha de vergar a mola e preferiu regressar a Portugal, afinal o país que lhe destruiu a vida, blá, blá. Querem apostar que a primeira coisa que ele fez ao voltar a Portugal foi ir direitinho à Segurança Social para lhe darem umas massas?